quarta-feira, 17 de julho de 2013

Encontrando a diversidade – Consulta Internacional de Líderes Jovens na Igreja Luterana da Bavária


Quadro significativo


Cada cultura manifesta sua autonomia, identidade e comportamento. A identificação humana pela cor, gênero, nacionalidade e, principalmente, pela própria natureza humana não significa que as pessoas são iguais em termos de valores e compreensões de vida. Essas experiências interculturais e relacionais, Pastor Sidnei Budke e a jovem Marta Maas estão vivenciando na Consulta Internacional sobre Tolerância na Igreja e na Sociedade promovida pela “Mission EineWelt” em Neuendettelsau.
Os questionamentos promovidos pela “Mission EineWelt” e trazidos pelos diversos participantes,  fundamentam-se no alto índice de intolerância em diferentes contextos culturais. O crescimento da intolerância não desafia unicamente as Igrejas Cristãs, mas todos os setores da humanidade. É um aspecto a ser refletido cuidadosamente na convivência humana.
A Igreja enquanto “missionária” precisa promover a tolerância entre pessoas diferentes. O maior empecilho missionário é que a semelhança étnica e cultural de um grupo comunitário, muitas vezes, resulta na exclusão de outro. Nesse sentido, cada contexto necessita avaliar profundamente quais são seus próprios “índices” de intolerância.
Pastor Sidnei Budke e a Jovem Martha Maas partilharam os desafios emergentes no contexto social da América Latina e, principalmente, no contexto brasileiro com a seguinte pergunta: quem é o meu próximo? Quais são os desafios para reconhecê-los como filhos e filhas de Deus? Durante as apresentações na manhã de terça-feira (06/07) relembraram os compromissos ecumênicos da IECLB e seu testemunho evangélico no Brasil.
 A ampliação do Plano de Ação Missionária da IECLB (PAMI) reúne uma coletânea de planejamentos estratégicos. A preocupação com o fortalecimento das comunidades luteranas caminha ao lado dos compromissos ecumênicos. Portanto, desenvolvem-se atividades conjuntas com outras denominações cristãs e, paralelamente, intensificam-se pastorais e projetos de missão. Diante dos conflitos, das dificuldades e dos obstáculos no diálogo com a diversidade, a tolerância é o “fio condutor”. Pessoas tolerantes são abertas ao diálogo e a construção conjunta das ideias.
Ao longo dos mais de 180 anos de caminhada protestante no Brasil, muitos ensaios e acontecimentos demonstraram este objetivo. As comunidades luteranas espalhadas pelos inúmeros contextos geográficos brasileiros são protagonistas de novos diálogos que inserem também a IECLB no compromisso ético com a criação de Deus, na defesa dos direitos humanos e da democracia.
Em um ambiente de tanta diversidade, o que significa ser luterano? Quais são as novas oportunidades para reconhecer os diferentes? Qual é a tarefa missionária da comunhão luterana no mundo de Deus? Esses questionamentos desafiam a nossa autocompreensão! Não há mais como evitar conviver com os diferentes e nem mesmo colocar empecilhos doutrinários que estimulam à intolerância. 
A missão cristã não pode ser reduzida a um mero “recrutamento de pessoas”, mas em transformação e comunhão, conforme João 17: Para que todos sejam um, como tu, ó Pai, o és em mim, e eu em ti; que também eles sejam um em nós, para que o mundo creia que tu me enviaste (João 17) A causa indígena, os movimentos sem terra, o crescimento da população em favelas, a sustentabilidade do planeta, a diversidade de gênero e raças, o crescimento do pluralismo religioso foram fatores decorrentes para uma intensa releitura do testemunho protestante e luterano na sociedade internacional.
Sidnei Budke e Martha Maas
17 de julho de 2013
Neuendettelsau - Alemanha
Participante da Consulta

Chimarrão acompanhou nossos representantes e foi provado pelas demais pessoas_

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