“Se a nossa esperança em Cristo se limita apenas a esta
vida, somos os mais infelizes de todos os homens.” 1 Co 15. 19
O tempo de
Reforma e Finados é propicio à reflexão sobre a relação entre ambos, por mais
que pareçam assuntos, datas, ou temas desconexos.
Num espaço de
três dias celebramos a descoberta da liberdade cristã feita por Lutero. O Deus
Justo, O Pai Misericordioso, Amoroso que se revelou em Jesus Cristo, do qual
nada pode nos separar (Rm 8.31-39). E também lembramos a memória dos nosso/as
queridos/as que já faleceram, os quais, viveram na promessa da ressurreição
para a vida eterna, assim como nós vivemos.
Sabemos que a
morte quando se faz presente em nosso meio deixa marcas profundas. Leva nossos
entes-queridos deixando em seu lugar, a dor, saudade, tristeza... enfim, um
vazio indescritível que nos assombra diariamente. A certeza que nós carregamos
de que um dia vamos morrer, também nos inquieta, e por mais que nós creiamos na
promessa da vida eterna, não deixamos de nos preocupar diante da dura realidade
da morte.
Talvez
a preocupação com a morte e o julgamento, a ameaça do purgatório tenham sido um
dos assuntos mais relevantes para Lutero no movimento da Reforma, visto que era
uma de suas preocupações pessoais a de agradar a Deus e conseguir perdão e
salvação.
A
partir da Reforma descobrimos que é impossível agradar a Deus com obras. A
pratica da indulgência em nosso tempo se mascara na barganha. Quando alguém se
propõe a “ofertar” ou ser “dizimista” para obter algum “favor” de Deus. Mas
sabemos que ressurreição não depende de nós, mas sim do amor de Deus; não
podemos alcançá-la por meio de negociações ou por que fomos bonzinhos, mas, sim
pela vontade de Deus que concede a sua graça àqueles que crêem que seu Filho e
nosso Senhor Jesus entregou sua vida por nós, ressuscitando dentre os mortos e
vencendo a morte.
Necessitamos,
portanto, do amor, da misericórdia e da graça de Deus, para sermos
ressuscitados e termos a vida eterna em Cristo. Que, como o dicionário bem define,
é ressurgir para uma vida nova, vida em perfeição.pois, morremos por completo e
somos ressuscitados por completo.
A partir da Reforma, nos descobrimos pessoas
libertas, sujeitas ao senhorio de Jesus Cristo o qual aponta para a vida nova,
a ressurreição, da qual Ele é penhor.
Por
isso, a partir de nossa fé entendemos, que a Reforma também é morte e
ressurreição. “Morte” de um conceito e ressurgir para a liberdade de servir a
Deus por amor, por fé e por esperança na vida eterna.
Por
isso, permaneçamos firmes nas promessas de Jesus, apesar de este também ser um
tempo de saudades e de lembrar a memória, este também é tempo de esperança na
ressurreição.
Pastor Ademir Trentini/Ibirubá,RS
Pastor Ademir Trentini/Ibirubá,RS
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