“... o proveito da
sabedoria é que ela dá vida ao seu possuidor”
(Ec 7.12b)
É novamente 15
de Outubro! Cada estabelecimento de ensino procurando uma forma de falar deles,
delas. E cada um deles, cada uma delas procurando reinventar a própria vida,
procurando encontrar-se neste turbilhão que se tornou a escola.
Se fecho os
olhos, vejo desfilarem diante de mim alguns docentes que, simplesmente,
contribuíram para eu ser a mulher que sou hoje. Alguns do meu tempo de
infância; outros, de minha adolescência; outros, da academia; outros, da
atualidade. Não me imagino sem um professor, uma professora. Afinal,
parafraseando uma fagulha de Lutero, diria que “aprenderei até ao túmulo”.
A tarefa de
educar é uma tarefa muito especial e importante, pois ela se envolve
diretamente com a vida, com etapas da vida, com valores e, eu diria até, com a
sobrevivência do mundo. Ela inicia em casa; aprofunda-se na escola; segue por
toda a vida.
Falar sobre
nossos docentes exige movimento: rememorar a caminhada, sentir o que temos
guardado lá dentro de nós, olhar bem nos olhos e olhar para frente. A partir
deste último movimento, analisando esta nova conjuntura, pergunto-me pelo lugar
do docente em nossa sociedade. E em nosso coração. No fast food, no volátil, na
informação instantânea, no pandemônio consumista, pergunto-me aonde encaixar a
minha professora, o meu professor. Eu não tenho dúvidas de que ela/ele é
insubstituível. Mas como demonstrar que o “ensino vale mais que a prata e a
sabedoria que o ouro”?
Minha querida
professora! Meu querido professor! Como poderia homenagear-lhes? Como dizer que
são fundamentais em minha vida? Como pedir-lhes perdão por não ter
correspondido e perdoar-lhes quando não foram o que esperava? Como
garantir-lhes um salário digno e o direito do piso salarial? Como equipar
escolas e garantir a acessibilidade a todos?
Eu sei, não
basta o meu reconhecimento. Ainda assim, o faço. Oxalá este desencadeasse uma
rede e o sonho, embalado, se tornasse a mais pura realidade. Não sou a única.
Nem vocês! Quem sabe, falta darmos as mãos, olharmos nos olhos e, juntos, na
mesma direção. Seria um começo? Seja como for, eis aqui a minha mão! A mão de
Deus, eu sei, já está aí. Com Ele, caminhamos!
Parabéns!
Pa. Ms. Ana Isa dos Reis
Comunidade Evangélica Ijuí - CEI
Comunidade Evangélica Ijuí - CEI
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