sexta-feira, 20 de setembro de 2013

Sínodo Noroeste pede que Rio Uruguai corra livre, sem barragens

Três de Maio/RS - O Sínodo Noroeste Riograndense, da Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil (IECLB), reunido em sua XVI Assembleia no dia 14, decidiu manifestar-se contra a construção de novas barragens no Rio Uruguai, no noroeste do Estado do Rio Grande do Sul.

Assumindo os compromissos da IECLB de promover paz, justiça, amor na sociedade e testemunhar o evangelho e inspirados pelo Espírito Santo que desperta, abre os olhos, inspira criatividade, destemor, liberta e capacita para sinais de vida e solidariedade, decidiram se posicionar.
O Sínodo manifesta-se contrário à construção das usinas hidrelétricas de Garabi, no município gaúcho de Garruchos, de Panambi, no município de Alecrim, também no Rio Grande, e de Itapiranga, no município de Itapiranga, em Santa Catarina. As barragens, argumenta, alagarão em torno de 500 km de extensão do Rio Uruguai - área semelhante ao da Hidroelétrica Itaipu - mais de 100.000 hectares, atingindo cerca de 20.000 pessoas no Brasil, além de terras e pessoas na sua margem Argentina.
O manifesto denuncia as empresas responsáveis pelos empreendimentos e os consórcios licitados para as etapas do processo como sonegadoras e manipuladoras de informação, de não ouvirem os atingidos e nem tomarem em conta suas exigências.
Movido pelo “mandato profético, também nos move em favor dos grupos e pessoas que estão sofrendo com a desinformação e a especulação econômica na implantação de barragens”, a XVI Assembleia defende que “o rio Uruguai e seus afluentes continuem a correr livremente”, que “os agricultores e familiares permaneçam em suas propriedades”, e que “permaneçam intocáveis as cidades próximas ao rio”, assegurada “a preservação dos recursos naturais, fauna, flora, animais terrestres e peixes”.
O Sínodo expressa “total apoio às famílias atingidas que se organizam para serem protagonistas e sujeitas de suas decisões em relação aos conflitos em relação à construção das barragens”, ao lado do Movimento de Atingidos por Barragens (MAB) e da Diocese de Santo Ângelo (ICAR).
Fonte: ALC - Agência Latino Americana Caribenha de Comunicação

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