O comitê terá 20 integrantes, sendo 15 deles representantes da
sociedade civil com atuação na promoção da diversidade religiosa. Os
outros cinco serão representantes do governo. Ainda sem data definida
para começar efetivamente a funcionar, o comitê depende de um edital que
selecionará os integrantes.
A portaria de lançamento do comitê foi assinada pelos ministros da
Secretaria-Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, e da
Secretaria de Direitos Humanos, Maria do Rosário. Depois, eles
participaram de um ato ecumênico com integrantes de diversas tradições
religiosas, no templo da Legião da Boa Vontade (LBV) em Brasília.
Segundo a assessora da Política de Diversidade Religiosa da SDH, Marga
Janete Ströher, o edital para escolha dos integrantes deve ser lançado
entre fevereiro e março. O mandato dos representantes do comitê terá
duração de dois anos. De acordo com Ströher, as religiões de matriz
africana são as mais atingidas pela intolerância religiosa.
“A gente tem feito um monitoramento via Disque 100 não como punição,
porém, mais como advertência. Tem que ter um espaço pedagógico e também
achamos que a punição vai precisar acontecer para que as pessoas
aprendam que aquilo é uma violação aos direitos humanos”, explicou a
assessora.
Dados da SDH apontam que a quantidade de denúncias de intolerância
religiosa recebidas pelo Disque 100 cresceu mais de sete vezes em 2012,
quando comparada com a estatística de 2011. Embora signifique um aumento
de 626%, a própria secretaria destaca que o salto de 15 para 109 casos
registrados no período não representa a real dimensão do problema.
Para Dalila de Légua, praticante da religião Terecô, de matriz
africana, o preconceito e a intolerância religiosa são vivenciados
diariamente. “Todo lugar onde você entra, se estiver com alguma
indumentária que representa uma religião afro-brasileira, todos os
olhares são voltados imediatamente para você. A gente se sente um bobo
da corte. Esse preconceito está na cara e explícito em todo e qualquer
lugar”, disse Dalila.
O Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa, comemorado ontem
(21), foi instituído em 2007 pela Lei Federal 11.635, em homenagem a
Gildásia dos Santos e Santos, a Mãe Gilda, do terreiro Axé Abassá de
Ogum, de Salvador. A religiosa do candomblé enfartou após ver seu rosto
estampado na primeira página da Folha Universal, jornal evangélico, com a
manchete Macumbeiros charlatões lesam o bolso e a vida dos clientes.
O CONIC esteve representado no evento pela secretária da diretoria,
Zulmira Inês Lourena Gomes da Costa e pela secretária geral, Romi Márcia
Bencke.
CONIC com informações da Agência Brasil
ok e cumprimentos da parte da PPL: voz de integração e grito de esperança... Nilo
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