Que privilégio propõe estas palavras poderosas como lema para o ano de
2013! Esta passagem, escrita para uma igreja desanimada e cansada nos
primeiros dias do cristianismo, lembra às igrejas ao longo dos séculos
que seu testemunho encontra inspiração e orientação em todas as coisas
novas que Deus faz.
Portanto, não há razão para conformar-se facilmente com tudo o que as
nossas cidades do mundo podem oferecer como status quo. Na verdade,
sabemos muito bem: o senso comum de nossas cidades pode, por vezes,
carecer de sentido, suas construções culturais podem tornar-se
prejudiciais e opressivas, e seus valores podem estar dolorosamente em
oposição aos valores revelados em Jesus Cristo como o sistema de governo
daquela “nova cidade que há de vir. Igrejas não são chamadas para se
juntar ao coro da falta de sentido, opressão e injustiça que, às vezes,
pode ser ouvido, mas participar da nova melodia da transformação
poderosa de Deus, uma melodia que leva a uma nova unidade entre os seres
humanos e com a criação de Deus.
Nem há razão para se render, fugir ou abandonar as cidades cheias de
suas complexidades em que as igrejas se encontram hoje. Deus entra neste
mundo com tanta determinação e veemência - ao ponto de oferecer a Jesus
Cristo, seu filho, por amor - que é difícil encontrar uma razão
convincente para que uma igreja lhe dê as costas. Na verdade, o lema
convida as igrejas a se envolverem mais no mundo. Injustiça, violência e
conflitos vividos não deveriam converter-se em motivos para perder a
esperança e abandonar, mas sim falar ainda mais alto e trabalhar com
mais empenho pela justiça, pela paz e pela reconciliação.
E assim, o tema convida igrejas a serem ambas as coisas: por um lado,
portadoras convincentes da memória da nova criação de Deus, revelada em
Jesus Cristo, anunciando com alegria o Evangelho de Jesus Cristo e a
novidade que oferece, e, por outro lado, firmes defensoras do novo,
desafiando através da proclamação, das atividades diaconais e do ousado
testemunho público a tudo o que promove a injustiça e violência, e que
leva a nossas cidades a continuar cantando as melodias antigas da
auto-destruição.
Mensageiras da história da transformação poderosa de Deus e parteiras
que preparam o caminho para o novo que vem para o nosso mundo com Jesus
Cristo: é assim que eu descreveria a tarefa de ser Igreja no mundo de
hoje. E é assim que a FLM tem descrita a cidade que vê como peregrina e
dá testemunho como comunhão de igrejas em todo o mundo atual: uma
comunhão em Cristo libertada pela graça de Deus, que vive e trabalha em
conjunto por um mundo justo, pacífico e reconciliado
Que Deus nos inspire a todos e a todas neste nuevo ano que temos pela
frente, para que as palavras e as ações da comunhão da FLM e de suas
igrejas-membro transmitam esperança e alegria sobre as cosas que Deus
está fazendo novas!
Rev. Martin Junge
Genebra, janeiro de 2013
Reverendo Martin Jung e Pastor Sinodal João Willig - Foz do Iguaçu 2010 |
Nenhum comentário:
Postar um comentário