1 João 3.1-3
No último domingo comemoramos uma data muito
especial, data que entre tantas a gente não esquece, pois lembramos alguém que
é ou foi muito especial em nossa vida. Lembramos o nosso pai!
Como o texto de 1 João 3.1-3 já indica, para
falar sobre o dia dos pais, inicialmente falaremos sobre o amor de Deus Pai
para conosco. Nós hoje temos necessidade de redescobrir este maravilhoso amor
de Deus como Pai, descrito pelo apóstolo João. Redescobrir é achar de novo,
recuperar aquilo que perdemos na caminhada de nossos dias. Talvez, redescobrir
também seja resgatar o que está esquecido, adormecido lá no fundo de seu
coração e tornar isso novamente concreto na sua vida.
Já lá no Batismo foi lhe dito que você
tornou-se filho de Deus e a partir dali Deus é seu Pai e lhe ama, pois você é
seu filho. A partir da confirmação, de maneira mais consciente, você deveria
experimentar esse amor de Deus Pai através da comunhão da comunidade, como
irmãos e irmãs na fé. Porém na maioria das vezes isso não é realidade. Depois
da confirmação você se afastou da comunidade, achando que já estava formado.
Passou-se os anos e você casou-se e tornou-se pai. Experimentou na carne o que
é ser pai, sem antes ter experimentado o amor de Deus que é seu Pai.
Gostaria de trazer como reflexão algumas
ilustrações que fazem-nos pensar.
É um privilégio ser pai, com a graça de Deus
e isso nos ilustra bem uma historia que, talvez, já foi realidade na sua vida.
Uma certa criança estava hospitalizada e
devia ser submetida a uma cirurgia. O pai a levara ao hospital e tentava
animá-la. “Pai!”, disse a criança, “não tenho nem um pouco de medo, se você
ficar comigo”. Então o pai disse: “Esta bem, eu fico com você”. O médico
concordou e, assim, o pai se sentou ao lado do seu filho. Na hora da anestesia,
a criança olhou mais uma vez para o pai e perguntou: “Pai, você está aí?” Logo
depois a anestesia começou a fazer efeito. “Agora o senhor já pode ir”, disse o
médico, vendo a criança já adormecida e que a cirurgia iria começar. “Não”, respondeu o pai, “eu
prometi ao meu filho de permanecer com ele, e por isso quero ficar”. A operação
foi bem sucedida. Quando a criança despertou da anestesia, o pai ainda estava
segurando a sua mão. “Pai, você está aí!”, disse a criança com voz bem fraquinha,
e sorriu!
Essa história nos comove e também mostra a
você pai, como você é importante na vida de seu filho/a. Creio que é saudável
ao menos você pai, se perguntar quando ou por quanto tempo você está ao lado de
seu filho/a o ajudando a “segurar a barra”, inspirando-lhe coragem e confiança
como nessa história ou como no relato do “Filho Pródigo (Lc 15.11-32)” que o
pai o recebe de braços abertos na hora em que o filho mais precisava do pai.
Talvez você pai esteja se dizendo que é
difícil ser pai! Claro! Atualmente é extremamente difícil ser pai. Como também
é extremamente difícil ser filho. Tem tanta gente, tanta coisa fazendo de tudo
para separar o filho do pai ou o pai do filho.
Sempre que falo sobre o papel do pai, vem-me
à mente a imagem da ponte. E arrisco dizer: o pai é um construtor de pontes.
Constrói pontes entre a vida do filho/a com o mundo em geral. Faz isso com sua
vida diária, não que isso tenha um momento especial. É através do pai que o
filho percebe que o mundo é maior que a sua casa.
Neste construir pontes o pai traz para dentro
de casa conflitos do mundo exterior e assim o filho/a começa a perceber que na
vida se enfrenta problemas, dificuldades. Que bom também que esse pai que se
preocupa, possa levar o carinho, a compreensão de sua família. O filho
verdadeiramente aprende a resolver os problemas da vida, quando consegue se
inspirar em seu pai. Na maneira como ele resolvia os problemas da família.
Em uma sociedade individualista, com falta de
relacionamentos significativos como nós estamos tendo é de fundamental
importância termos no lar relações profundas, marcadas pelo amor e principalmente
guiadas pela Palavra de Deus. Nossa tarefa talvez seja de fazer de nossos lares
pequenas “fábricas de GENTE”. Aqui gente com letras maiúsculas. É no lar que se
ensaia os primeiros passos para a vida.
Há muitos desafios para a família moderna. Há
muitas perguntas no ar. Há dúvidas, incertezas e medos. Mas também há muitas
possibilidades de diálogo e abertura que não havia em tempos passados. Há
esperanças quando observamos sinais de renovação da Igreja a partir dos jovens
com fé e responsabilidade.
Para você pai! Há sinais de consolo e
esperança no grande amor de Deus como Pai. O Pai Celeste não pede que você seja
o melhor pai do mundo, apenas pede que você seja um pai humano que vive o seu
amor.
Que você pai! Possa traduzir em atitudes
sinceras a seus filhos/as o amor de Deus por nós. Com a sua ausência ou
omissão, não são só os seus filhos/as que perdem. É você mesmo que perde de
viver o que a vida tem de melhor sabor: amar e ser amado. Pense nisso e um
Feliz dia dos Pais.
Paróquia
do Xingu
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