Bartira Delavy Schroeder - 100 anos - História viva sob a Bênção de Deus

Familiares da Aniversariante Bartira Delavy Schroeder

Neste sábado 29 de junho de 2013, a Comunidade de Mormaço celebrou o Centenário da Senhora Bartira Delavy Schroeder. A Celebração foi conduzida pelo Pastor Jonas Ronei Gunsch (Pastor da Paróquia de Ernestina), pelo Pároco Católico Dino Antônio Ciotta e pelo Pastor Sinodal João Willig.

Houve homenagem dos Netos (18 ao total), dos Bisnetos (14) e Tataranetos (6). Em nome dos demais familiares falou o Filho Osmaldo Schroeder, que é o Presidente da Comunidade de Mormaço. Também o outro filho Osmildo e as duas Filhas Eli e Veda (Filhas adotivas ou como disse a aniversariante, filhas do coração) recepcionaram os convidados e receberam de maneira muito simpática a tantos familiares e amigos que vieram de perto e de longe.

A Aniversariante Bartira Delavy Schroeder, de origem francesa, estava muito animada. Cantou hinos religiosos e também cantou canções de infância no idioma francês.  E sempre esteve ao lado da única irmã viva (eram em 14 irmãos e irmãs), Neisa, que veio do Paraná.

O Prefeito Municipal de Mormaço, Luiz Carlos Machado, saudou a aniversariante em nome do Poder Público e da sociedade Mormacense, ressaltando o lado humanitário da Senhora Bartira e das famílias Delavy e Schroeder e o aporte e ajuda que as famílias deram para a consolidação do jovem município de Mormaço.

Também o Pastor Sinodal, ao invocar a bênção sobre a Senhora Bartira, agradeceu a caminhada da aniversariante na vida da OASE e da Comunidade. Lembrou as palavras do Padre Dino Ciotta, ressaltando o lado ecumênico de toda família e o agradável que é o convívio da IECLB com a Comunidade Católica.

O Pastor Jonas, usando palavras do Salmo 71 (Oração do Idoso) trouxe uma mensagem de carinho e de certeza que Deus acompanhou, acompanha e sempre acompanhará a Senhora Bartira e seus familiares, seja em momentos de alegria, como também nos momentos difíceis que passou a aniversariante.

Pastor João, Aniversariante e Filha

Irmã Neisa, Dona Bartira e Filha

Netos e Bisnetos homenageiam a Avó

Encontro casual - Cristian Sehnem / Pedagogo com deficiência visual

Cristian Sehnem - Pedagogo

Acho que todo mundo já sabe disso, mas sempre é bom reforçar: nem sempre eu sei quem cumprimentei ou conversei. Especialmente quando estou na rua, em meio ao barulho de pessoas e veículos sem fim. Talvez não seja assim com todos que não enxergam, mas comigo acontece toda a hora. É complicado identificar alguém apenas pela voz nessas circunstâncias.

Exemplo disso aconteceu anteontem. Eu ia tranquilamente para o trabalho, a pé. De repente, uma voz feminina:

- Oi!

Ela estava perto, mas outras pessoas caminhavam próximo também. A voz não era estranha, mas apenas num monossílabo é difícil ter certeza. Reduzi o passo levemente, aguardei alguns segundos para ver se alguém respondia, nada. E se a outra pessoa tivesse retribuído o cumprimento apenas com um gesto? Bom, para os meus amigos eu peço que me cumprimentem falando o meu nome, para eu saber que é comigo. E que digam o nome deles também, para facilitar.

- Ô Cristian, tá com pressa?!

- Ah, desculpa, achei que era para outra pessoa. Oi, tudo bem?

Abri um sorriso de quem estava distraído mas eu ainda não sabia quem era ela. Meu processador procurava rapidamente alguma voz que se encaixasse... seria a colega da academia, uma gata aliás? Ou aquela moça que me atendeu na livraria ontem? Ah, pode ser aquela que me ajudou a atravessar a rua dias atrás! Ou seria a guria que faz caminhadas por essas horas e geralmente me cumprimenta?

- Tudo bem comigo. E contigo, também?

Bom, pelo menos eu agora sei que ela está parada na minha frente, que não lançou um oi e continuou caminhando. Mas será que agora ela está estendendo a mão, ou é daquelas que dá abraço, três beijos no rosto, etc e tal? Já perdi a conta das vezes que tentei esconder a mão discretamente depois de estendê-la para o nada. Ou de ficar com a cara de idiota esperando o terceiro beijo que não veio. Fiquei na minha, ela acho que também. 

- Também, tudo bem. Só eu ainda não te... 

- Tá indo para o trabalho?

Sorrio. Ela já está querendo engatar uma 3ª na conversa e eu ainda nem sei com quem estou falando. Quem enxerga estaria há horas pensando cantadas e assuntos bacanas para impressioná-la e eu tenho que ocupar esse tempo com o básico: descobrir quem é a criatura. E ela até sabe que eu trabalho e, provavelmente, onde!

- É, to indo para o trabalho. E você, TAM...

- E a tua irmã, tá quase ganhando o nenê? 

Ah não, calma aí minha gente. Ela sabe o meu nome, que estou indo trabalhar, quem é a minha irmã e que ela está grávida. E eu nem faço ideia de quem seja essa guria. Deixo de sorrir pra ver se ela se manca mas respondo pra não ser mal educado:

- É, tá quase. Em setembro chega aí o Teodoro. Mas, desculpe, quem... 
- Então tá, manda um beijo pra ela. Tenho que ir agora, já estou super atrasada. Foi bom te ver, tchau!

Os passos dela já vão lá adiante. Nem retribuo o tchau pra ver se ela se toca. E sigo o caminho do trabalho, pensando naquele minuto que se multiplica na memória. Será que ela agora entendeu que eu não sei quem é?

No final de semana, quando eu estiver com a minha irmã, vou repassar o beijo. De quem? Bom, de alguém que sabia o meu nome, que eu estava indo trabalhar naquela hora, sabia o teu nome e que você está grávida! Você faz ideia de quem seja?

Cristian Sehnem – Pedagogo com deficiência visual

Encontro Paroquial da OASE em Chapada

      

A Pastora Jaqueline Michel Piazza (Orientadora Teológica da OASE e Pastora em Getúlio Vargas) participou como palestrante do Encontro Paroquial da OASE. O tema abordado foi: Ser, Participar, Testemunhar - Eu vivo Comunidade.

                Foi um dia muito especial, a Pastora Jaqueline se fez acompanhar pela Presidente da OASE da Paróquia de Getúlio Vargas, Senhora Ivoni Oswald.

                Refletimos como Deus pode e dá forças as senhoras da OASE,nos diferentes grupos e em seus lares e na sociedade na qual elas são testemunho do amor de Deus. 

                Após a palestra houve uma dinâmica na qual os diferentes Grupos dialogaram sobre; 1 – As realizações e dificuldades. 2   As oportunidades. Uma representante do Grupo desenhou o contorno de suas mãos e ali escreveram os pontos compartilhados. Após cada representante compartilhou no grande grupo.

                A Pastora Jaqueline ficou entusiasmada com tanto trabalho diaconal realizado pelas senhoras. Elas estão presentes em todas as promoções da comunidade. Existe união, visitam pessoas idosas, ajudam nos retiros de jovens, ajudam nas festas, fazem doações em dinheiro para igreja, houve a confecção de tocas para  Liga Feminina de combate ao câncer, são o braço direito da Paróquia.

                Foi uma experiência valiosa, a Orientadora Sinodal da OASE  e a Sra. Ivoni voltaram animadas com tudo o que transmitiram e aprenderam com as senhoras da Paróquia de Chapada.

Protestos nas ruas do Brasil - Carta Pastoral da IECLB

O efeito da justiça será paz, e o fruto da justiça,

repouso e segurança para sempre (Isaías 32.17).

Disse Jesus aos que haviam crido nele: Se vós permanecerdes

na minha palavra, sois verdadeiramente meus discípulos;

e conhecereis a verdade e a verdade vos libertará (João 8.31-32).

Irmãos e irmãs em Cristo!

Ética,  justiça,  verdade,  respeito,  transparência  e  diálogo  são  valores  inerentes  à  democracia.  São igualmente  valores  que  pautam  a  vida  e  missão  confiada  por  Deus  à  IECLB  –  Igreja  Evangélica  de Confissão Luterana no Brasil e a todo o povo de Deus.

Por  vivermos  num  Estado  democrático  e  por  sermos  um  país  em  que  os  valores  do  Reino  de  Deus  são parâmetros, deveria ser bastante óbvio  que a observância da verdade e a busca obstinada da justiça com vistas ao fortalecimento de relações de paz fossem parte do nosso cotidiano. Infelizmente os fatos não confirmam o que parece ser. E é isso que está como pano de fundo do cenário com o qual estamos convivendo nas últimas semanas.

As  vozes  da  inconformidade  devem  ser  ouvidas  com  atenção  redobrada  e  respeito.  Consequências precisam ser destiladas a partir da escuta atenciosa e mudanças devem acontecer.

-  Repudiemos  todo  e  qualquer  ato  de  violência  e  vandalismo,  mas  não  permitamos  que  esses  atos desviem o foco do que é inadiável: que mudanças precisam acontecer em nosso país.

-  Apostemos mais no  diálogo. Não percamos a oportunidade de novamente discutir temas políticos em nossas  casas. Isto  mesmo!  Comecemos  pela  família.  Com  os  pais,  com  os  filhos!  Quantas  vezes  nossos jovens nas comunidades gostariam de se manifestar, participar e oferecer uma alternativa ao que está ocorrendo nos espaços comunitários!? Temos dado ouvido suficiente a esses pleitos?

-  Dialoguemos  mais  com  nossos  representantes  políticos.  Fiquemos  atentos  ao  que  fazem  depois  de eleitos.  Cobremos  das  autoridades  mais  diálogo  com  a  população!  Apoiemos  os  acertos,  mas  não deixemos que façam de conta que nos ouviram.

- Coloquemos como luzeiros no horizonte do nosso caminho diário a verdade e a justiça. Que a verdade e a justiça sejam a utopia que nos faz caminhar.

Um  dos  princípios  da  Constituição  da  IECLB  reza  que,  “em  obediência  ao  mandamento  do  Senhor,  a IECLB tem por fim e missão propagar o Evangelho de Jesus Cristo; estimular a vivência evangélica pessoal, familiar e comunitária; promover a paz, a justiça e o amor na sociedade; participar do testemunho do Evangelho no País e no mundo” (Art. 3º.).

Esse testemunho é a grande oportunidade que Deus concede a cada membro à medida que assume

sua responsabilidade cidadã. Ser, participar e testemunhar com base na justiça e na verdade, sempre,

em todos os momentos e lugares, em resposta e fidelidade ao amor de Deus por nós. Essa é uma parte

importante da nossa contribuição para um país onde a justiça e a paz florescerão mais e mais à medida que a verdade prevalecer.

Dr. Nestor Paulo Friedrich

Pastor Presidente

IECLB-Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil

A Escalada - The Climb

“Elevo os olhos para os montes: de onde me virá o socorro? O meu socorro vem do Senhor, que fez o céu e a terra.” Salmo 121.1-2

“Muitas vezes a vida parece dura e penosa”, disse uma amiga minha. “Muitas vezes a vida parece com uma dura e sofrida escalada: a gente nunca chega ao topo, e quando consegue, está sozinha, exausta, desanimada”.

            Precisei concordar com minha amiga. Sim, muitas vezes a vida é penosa. Enfrentamos doenças, sofrimentos, perdas. Vivemos frustrações, mágoas, dissabores. Tudo isso parece uma imensa montanha que tentamos escalar com mãos frágeis e pés cansados.

            O sentimento compartilhado por minha amiga me fez lembrar uma música em inglês, cujo título, The Climb, significa “A Escalada”. A jovem cantora e compositora Miley Cyrus compartilha na música esse mesmo sentimento de minha amiga, e vai além. Ela diz que de vez em quando há aquela voz interior dizendo que você não vai conseguir cumprir sua jornada: “Você nunca vai conseguir”.

            Querido irmão, querida irmã, qual a montanha que você está escalando agora? Alguma angústia, preocupação, desentendimento, doença? Não se sinta abandonado, injustiçado, ou injustiçada. Sabe, muitas pessoas e até igrejas pregam que, se você for muito fiel, se der gordas ofertas para a Igreja, nenhum mal poderá acontecer a você. Como podem essas igrejas escravizar assim a consciência das pessoas? Você precisa saber que até as pessoas mais devotas e fieis enfrentam sofrimentos, dificuldades, desafios. Nem mesmo Jesus Cristo foi poupado das montanhas que ele precisou escalar ao longo do seu ministério: fome, frio, falta de abrigo, solidão, perseguição, dúvidas de seus próprios amigos.

            Na oração sacerdotal de Jesus, no Evangelho de João, Jesus nos coloca no mundo, no mundo maravilhosamente criado por Deus, com todas as suas situações tão cotidianas, de grande alegria e felicidade, mas também de dor e sofrimento (“Não peço que os tires do mundo, mas que os guarde do mal”... João 17.15). Sim, viver a vida presenteada por Deus é também escalar montanhas. Mas Jesus quer que o façamos, sem esquecer QUEM somos: somos seus irmãos e irmãs, filhos e filhas amadas de Deus.

            Então, já sabemos: viver a vida é andar por vales amenos, ter sombras refrescantes, mas também é escalar montanhas. Sabe a garota da canção The Climb, Miley Cyrus? Ela já descobriu: depois de uma montanha haverá outra, e mais outra, e mais outra...

            Quero desejar a você forças, coragem e esperança. Lembre que nunca estamos sós. Deus coloca pessoas especiais ao nosso lado a cada passo da jornada. Pessoas com quem podemos dividir o fardo da jornada, e também aquelas que encontramos quando estamos fortes, a quem podemos estender a mão e aliviar o peso e a dor. Escalar as montanhas da vida nos dá forças, fé e misericórdia. Ajuda-nos a ver o que realmente importa, e manter os olhos e pensamentos fixos no objetivo: não o sofrimento, mas a dignidade no sofrimento, não o lucro fácil, mas a firmeza de caráter, não a lei que julga, mas a justiça e o amor que constrói. Que assim seja! Paz e bem.

Pastora Carla Andrea Grossmann - Coronel Barros/RS