terça-feira, 18 de setembro de 2012

Culto Crioulo do CEAP na Comunidade Evangélica Ijuí




                Símbolos gaúchos no altar, músicas do cancioneiro riograndense, prosa e verso típicos gauchescos em toda a liturgia e um clima festivo foram as tônicas do Culto Crioulo celebrado no último domingo no Centro Evangélico. O culto da Comunidade Evangélica, em que a tradição gaúcha foi cultivada e o Patrão Velho cultuado, esteve sob responsabilidade do CEAP. Logo na abertura, depois da música “Sou Gaúcho”, a coordenadora da Educação Infantil, Deizy Soares, em sua saudação de acolhida, lembrou um pouco da história dizendo que “nas missas realizadas ao ar livre para os gaúchos por padres itinerantes, na falta de igrejas, usava-se o que se tinha à mão; cada um trazia para ser abençoado pelo Senhor o que tinha de mais precioso”.
                O pastor escolar Luciano Miranda Martins, que celebrou o culto – todo em uma linguagem gaudéira e campeira – também fez referência à história, lembrando que na época da guerra dos farrapos a missa crioula era um momento de trégua e paz. “Os chimangos, representando o governo monarquista, trajando lenços brancos; e os maragatos, os revolucionários, trajando lenços vermelhos, amarravam seus lenços na cruz num sinal de reconciliação. A cruz era segurada em revezamento pelos participantes”. Foi neste momento, em quanto se cantou a música “Um Pito”, que crianças do CEAPzinho, que participaram de vários momentos especiais da celebração – conduziram até o altar os lenços vermelho e branco para serem colocados na cruz.
Divino Tropeiro – No momento de reflexão, a mensagem pastoral teve como tema “O Divino Tropeiro Jesus dá a vida pelas suas ovelhas”. Em sua prédica o pastor Luciano Martins conclamou a comunidade a lutar por um único ideal, “levando a mensagem do Divino Tropeiro e oferecendo a estas almas perdidas uma chance de entrar na invernada celestial”, referindo-se a Jesus como o Divino Tropeiro, cuja “promessa é que faremos todos parte de um só rebanho”.
                Outras canções gaúchas, como “Querência Amada”, “Céul, sol, sul”, “O homem do pala branco” e “Vento Negro”, também fizeram parte da celebração, que foi concluída com a benção, cujas primeiras palavras foram “que o Patrão velho celestial nos abençoe e nos guarde bem macanudos e buenachos”. Cada família participante do Culto Crioulo recebeu, na saída, uma lembrança da escola, um cevador personalizado, com um pequeno pacote de erva, para que a tradição gaúcha continue a ser cultivada.




 Fotos e matéria enviadas por André da Rosa / Assessor de Comunicação do CEAP

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