“Nós
amamos porque ele nos amou primeiro.” I João 4.19
O amor, tantas vezes, é feito de conquistas.
Mesmo sem perceber, as atitudes e o jeito de uma pessoa podem ir conquistando outra.
Mas, e entre nós e Deus, quem conquista quem?
Deveríamos nós, tentar conquistar a atenção, o cuidado e o amor de Deus?
Deveríamos através das nossas atitudes, buscar nos tornar merecedores de
orações respondidas ou do próprio céu? A resposta que a sociedade de hoje
parece nos dar é que sim. Mas, e a bíblia, o que ela diz?
A Bíblia nos conta do Deus de amor
que nos ama tanto a ponto de cometer o inimaginável, dar o seu único e amado
Filho por resgate a toda a humanidade na cruz. Contudo, não foi naqueles tempos
que o amor de Deus despertou por nós, como se algo repentino tivesse tocado o
coração de Deus e feito enviar Jesus para nossa salvação. Em Efésios 1.4 nos diz que “Deus nos escolheu nele antes da criação do
mundo, para sermos santos e irrepreensíveis em sua presença”. Portanto,
antes de Deus nos criar, antes mesmo do mundo existir, Deus já nos escolheu. E,
por quê? Porque Ele nos amou, nos amou sem mesmo existirmos. Aliás, foi por nos
amar que nos Ele criou.
Aqui me vem à imagem um casal que
muito deseja ter um filho. Seja porque há dificuldade para engravidar ou outros
motivos que prolongam o fato, porém, esse casal aguarda ansiosamente pelo dia
em que finalmente receberão a confirmação de que há um filho seu por vir ao
mundo. Eles amam essa criança muito antes dela ser concebida, e, estar com ela
nos braços expressará que o tempo em que foi desejada era muito mais longo que
os nove meses da gestação. Trata-se de um amor incondicional, que não esperou para
ver primeiro se possuía seus traços, se era perfeita, inteligente, se seria
querida ou agradecida. Não, o amor nasceu antes mesmo que a criança pudesse
fazer qualquer coisa para ser amada.
Assim, Deus nos amou. Ele nos amou
primeiro, muito antes que nós pudéssemos fazer qualquer coisa para nos tornar
dignos ou merecedores deste amor. Não houve tempo. Há uma frase do escritor Philip
Yancey que diz: “Não há nada que possamos
fazer para Deus nos amar mais. Não há nada que possamos fazer para Deus nos
amar menos. Porque Deus nos ama tanto quanto é possível um Deus com amor
infinito amar”.
O fato de Deus ter nos amado
primeiro e antes mesmo de existirmos, mostra-nos que Deus não tem limites em
sua graça. Pois, mesmo na sua onisciência, conhecendo Deus todo o pecado em que
a humanidade iria cair e buscar, Ele não deixou de nos amar, nem de nos criar.
Mesmo ainda, sabendo que chegaria o tempo em que enviaria seu precioso Filho
para morrer na terrível cruz em favor da nossa salvação.
Assim, quão mesquinhos nós seremos,
se tentarmos por meio de boas ações, conquistar o favor de Deus. Se fizermos
algo pelo nosso próximo, não por amor a ele, mas porque esperamos que Deus
ignore uma ofensa ou então, para que abençoe a nossa vida. Deus é graça
infinita. Ele não nos faz nada porque merecemos, senão porque, sem motivo
nenhum ele nos ama.
Sei que para nós é difícil
compreender um amor e uma graça tão abundantes. Mas cada vez que tentamos
conquistar a Deus pelo que fazemos, que achamos que a atenção depositada por
Deus a nós é graças ao que somos, enganamo-nos a nós mesmos e desprezamos a
Deus com todo o seu amor e sua
maravilhosa graça. Deus simplesmente nos ama porque Ele nos ama. Nós não
temos nenhuma participação nisso, é pura graça! Estejamos, portanto, abertos para
que o Deus verdadeiro se revele a nós e fujamos das armadilhas que querem nos
levar a agir como se Deus dependesse dos nossos estímulos para ser com e por
nós.
Abaixo
compartilho o vídeo com uma canção, cuja letra nos leva a pensar o que seria de
nós se não fosse o Senhor tal qual Ele é.
Missionária
Elfriede Krause
Paróquia
da Paz de Ijuí/RS
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