Caminhando nesses dias de
setembro, comecei a pensar nas coisas simples da vida. Como é bom aquele café
com leite, aquele pão com manteiga, ouvir aquele passarinho entoando um cântico
tão velho e tão bonito.
Como é bonito ver um ipê amarelo
colorindo caminhos, saudando a primavera que se aproxima com elegância e um
toque feminino de beleza e força.
Como é bom olhar as folhas das
árvores se movendo ao toque dos ventos e observar as nuvens que se deslocam
formando desenhos no céu, mexendo com nossa imaginação e criatividade.
Como é bonito olhar minha
cachorrinha se espreguiçando pela manhã, me olhando com seu jeito amoroso,
pedindo um pouco de carinho e lambendo as minhas mãos como se eu fosse seu
deus.
Como é bom cantar aquela canção que
me traz recordações tão bonitas de um tempo que não volta, mas que deixou
marcas tão profundas que o recordar não é doído, mas é um sentimento de
gratidão pela vida que já vivi com tantas coisas lindas, incompletas e
imperfeitas, que me fazem lembrar quem eu sou.
Como é bonito apreciar as coisas
simples da vida! A casa desarrumada, sinal de vida e de alegrias. O barulho da
máquina de lavar, o telefone que toca, o som das louças que se encontram quando
guardadas no armário... Como é bom ter onde morar, o que comer, o que beber, o
que vestir...
Como é bonito encontrar um
sorriso inesperado no rosto de um transeunte, um “bom dia” de um desconhecido,
um abraço apertado que ganhei sem ter feito nada para merecê-lo, apenas por ser
humano, por ser uma criatura de Deus.
Como é bom acordar com um beijo,
andar de mãos dadas, jogar conversa fora, brincar como criança, jogar bola, dar
boas risadas, encontrar amigos, ler poesia e comprar sorvete na padaria da
esquina.
Como é bonito pisar na areia da
praia, olhar o mar que encosta no céu e sentir uma brisa no rosto, suave como o
Espírito de Deus que me enche de ternura e me dá sensibilidade para ver na
outra pessoa o rosto de Cristo.
São tantas coisas simples e
bonitas que peço a Deus que eu nunca me esqueça que é na simplicidade da vida
que eu encontro o Seu sorriso e no estender a mão a alguém que eu encontro o
Seu abraço. Que eu nunca esqueça que a vida é bonita e que ser Seu filho não é
ter fartura material, mas ter a sabedoria e o amor que reconhecem que é nas
pessoas simples e nas coisas simples da vida que tenho encontros maravilhosos
com o SENHOR. Amém.
Pastor Telmo Noé Emerich –
Panambi – RS
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