“...
aproximou-se dele uma mulher,
trazendo
um vaso de alabastro cheio de precioso bálsamo,
que
lhe derramou sobre a cabeça...” Mateus 26. 7
A propósito das comemorações e
manifestações pelo Dia Internacional da Mulher, lembrei-me de um fato que
aconteceu em uma das comunidades da minha Paróquia, quando nos encontramos para
planejarmos a Celebração do Dia Mundial de Oração. Dois cruzamentos antes da
Igreja, havia 3 cones bloqueando o acesso até a igreja. Parei diante dos cones,
podia ver a igreja adiante, o caminho parecia liberado mas... havia os três
cones na estrada. A mensagem visual que eles passavam era clara: “Não
Ultrapasse!” . Entrei na estrada à esquerda, procurando um acesso para a
estrada paralela à minha, que também chegava até a igreja. Andei muitos
quilômetros até descobrir que a estrada não tinha nenhuma ligação com a estrada
da igreja. Frustrada, voltei ao entroncamento dos três cones. Precisava tomar
uma decisão: tirar um dos cones e avançar pela estrada bloqueada? Retornar para
casa?
Finalmente, tomei minha decisão.
Afastei um cone e segui pela estrada até a igreja. Lá encontrei outras
mulheres, e as que chegaram depois de mim também compartilharam o estranhamento
com os três cones bloqueando a estrada. Todas comentaram a dificuldade que foi
decidirem retirar o cone e seguir pela estrada. Não havia outro modo de chegar
a Igreja. As mulheres da comunidade local esclareceram: uma empresa estava
consertando bueiros localizados a quilômetros da Igreja. Os cones estavam
indevidamente colocados tão longe, impedindo até que moradores chegassem às
suas casas.
Refletimos que muitas vezes na
vida precisamos ter coragem para remover os “cones” que estão atrapalhando a
comunhão e a solidariedade. É preciso sabedoria, discernimento e também coragem
e ousadia. A mulher que ungiu a cabeça de Jesus (Mateus 26.6-13) precisou
romper muitas barreiras que eram consideradas normais e legais para estar com
Cristo. A lei impedia a comunhão. Foi preciso sabedoria, determinação e
coragem.
Quantas vezes nós somos também
desafiados, desafiadas a romper barreiras para promover a comunhão? E se assim
não fosse, hoje em dia assassinar a esposa ainda seria considerado um crime de
menor monta, um crime passional. E se assim não fosse, a mulher ainda seria obrigada
a abrir mão do seu nome de batismo quando contraísse matrimônio. E se assim não
fosse, mulheres não seriam ordenadas. E se assim não fosse...
Graças a Deus pela sabedoria,
determinação, coragem, iniciativa, liderança, que faz com que “cones” ainda hoje
e sempre, sejam retirados da estrada, porque ali foram colocados apenas para
impedir a comunhão e a solidariedade. Sim, graças a Deus!
Pastora Carla Andrea Grossmann
Coronel Barros - RS
Gostei dos cones da Carla.
ResponderExcluirPois é: como mulheres, temos muitos cones para mover.
abraço