sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

Perdoar e pedir perdão

Então Pedro chegou perto de Jesus e perguntou: Senhor, quantas vezes devo perdoar o meu irmão que peca contra mim? Sete vezes? Não! Respondeu Jesus. Você não deve perdoar sete vezes, mas até setenta vezes sete. (Mateus 10. 21-22).
Os espinhos machucam, assim como a ofensa dói.
Quando visito minha família no Espírito Santo, gosto de podar as rosas, é o serviço que sempre me espera. Podando rosas, corremos o risco de pisar em espinhos. Espinho no pé gera uma sensação de desconforto na gente, e enquanto ele estiver ali ele machuca, e dói. Mas depois que tiramos, fica aquele alívio, nosso caminhar volta ao normal.
Ofender alguém ou ser ofendido, não é diferente dos espinhos. Uma ofensa dói, gera desconforto, machuca os corações, e até pode destruir, amizades e famílias inteiras. Mas quando essa ofensa é perdoada, o coração fica mais leve, a alegria se manifesta, nós nos sentimos melhor.
Na oração do Pai Nosso que Cristo ensinou, oramos, “perdoe as nossas dívidas assim como nós também perdoamos” e ainda o versículo 22 de Mateus 18, Jesus diz a Pedro perdoar setenta vezes sete. É uma forma de dizer que precisamos perdoar sempre.
Quando converso com as pessoas percebo que muitas não sabem o significado de perdão, escuto frases como: “Perdoar até que perdôo, mas esquecer nunca”, ou “posso perdoar, mas nunca mais quero olhar pra cara dele/a”.
Onde está o perdão verdadeiro nessas frases? Acredito que o perdão que Jesus fala, não é falar da boca pra fora, mas perdoar de todo o coração, colocar uma pedra que não dá pra remover por cima de qualquer ofensa.
Nós pedimos perdão a Deus pelos nossos pecados, que possamos saber perdoar da mesma forma como esperamos o perdão de Deus. E saber pedir perdão para aquele/as que magoamos.
Lembrando que quando perdoamos, nós somos os maiores beneficiados com o perdão.
Termino esta reflexão com as palavras de Filipenses 4.8-9: “Portanto, meus irmãos, encham suas mentes com tudo o que é bom e merece elogios: o que é verdadeiro, digno, justo, puro, agradável e honesto. Ponham em prática o que vocês receberam e aprenderam de mim, tanto as minhas palavras como as minhas ações. E o Deus que nos dá a paz estará com vocês.”






Bacharel em Teologia Lenira Kloss – Paróquia de Tapejara- RS

Um comentário:

  1. Pois é Lenira (acho que já é, ou então está a caminho de ser Pastora, de almas). Sou católico, Ministro da Eucaristia, na Paróquia São Geraldo em IJUI / RS. Minha esposa Olita Horn Thomas, é Evangélica, da IECLB - CEI de IJUI. Por motivos, que acredito só Deus saiba explicar, houve o rompímento duma amizade de pai de coração para filha de coração e vice-versa. Sei que o pecado maior foi de minha parte, reconheci isto, quero falar com esta pessoa, mas não me concede esta oportunidade. Ela disse que me perdoava, primeiro disse que se disporia a me ouvir, talvez em um ano do acontecido, depois falou que talvez seria em 20 ou 30 anos (lógico aí já estarei na eternidade) noutra ocasião quando lhe pedi para conversar (pois lhe tinha dito, que só pederia perdão se fosse de joelhos diante dela mesma) e a resposta, nem hoje, nem amanhã e nem depois de amanhça, ou seja nunca. Quando ela me disse que me perdoava, mas não queria mais conversas comigo, muito menos uma reconciliação, eu lhe perguntei e disse - "mas que tipo de perdão é este? Perdão sem reconciliação, não é perdão, é enganação", tentando enganar a si mesma e a Deus (este com certeza não, pois Ele sabe o que realmente vai em nossa mente e coração). Eu por muitas semanas não consegui comungar, pois via em Mateus cap 5 versos 22 a 26, que eu precisaria daquele perdão em primeiro lugar. Mas após diversas tentativas não conseguindo este perdão, acho que Deus deve ter me perdoado e comunguei de novo. Mas como fica a outra pessoa, aquela que não quer reconciliação diante do que diz Mateus e outro mencionado no seu texto, perdoar 7 vezes 70? Será que esta pessoa pode estar em paz com Deus? Será que ela pode fazer a sua oferta, sem antes sair da fila e vir reconciliar-se? Como devo encarar isto, continuo culpado, mesmo tendo tentado diversos contatos para a reconciliação e não ter obtido exito, ou será que esta culpa passou para a outra pessoa, por não me perdoar como deve ser um perdão?
    Desculpe, a colocação foi mais um desabafo, mas sempre olhei os comentários feitos neste site/portal, para ver se alguém iria referir-se a algo parecido com o que estou estou passando, São 390 dias de sofrimento e 307 dias vivendo no inferno, tanto é esta dor. 390 dias pelo que me foi feito e 307 pelo que eu fiz. Se puderes me dar uma luz, do que fazer, de como agir, pois amo esta minha filha de coração, demais, rezo e peço a Deus pela sua felicidade todos os dias e que o Espírito Santo a ilumine, para que, em tudo isto, possa ser colocada uma pedra, não esquecido, mas lembrado para servir de lição de como nunca mais agir. Desde já agradecido - Omar Antonio Thomas,

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