Quadro significativo |
Cada cultura manifesta sua autonomia, identidade e
comportamento. A identificação humana pela cor, gênero, nacionalidade e,
principalmente, pela própria natureza humana não significa que as pessoas são
iguais em termos de valores e compreensões de vida. Essas experiências
interculturais e relacionais, Pastor Sidnei Budke e a jovem Marta Maas estão
vivenciando na Consulta Internacional sobre Tolerância na Igreja e na Sociedade
promovida pela “Mission EineWelt” em Neuendettelsau.
Os questionamentos promovidos pela “Mission EineWelt” e
trazidos pelos diversos participantes,
fundamentam-se no alto índice de intolerância em diferentes contextos
culturais. O crescimento da intolerância não desafia unicamente as Igrejas
Cristãs, mas todos os setores da humanidade. É um aspecto a ser refletido
cuidadosamente na convivência humana.
A Igreja enquanto “missionária” precisa promover a
tolerância entre pessoas diferentes. O maior empecilho missionário é que a
semelhança étnica e cultural de um grupo comunitário, muitas vezes, resulta na
exclusão de outro. Nesse sentido, cada contexto necessita avaliar profundamente
quais são seus próprios “índices” de intolerância.
Pastor Sidnei Budke e a Jovem Martha Maas partilharam os
desafios emergentes no contexto social da América Latina e, principalmente, no contexto
brasileiro com a seguinte pergunta: quem é o meu próximo? Quais são os desafios
para reconhecê-los como filhos e filhas de Deus? Durante as apresentações na
manhã de terça-feira (06/07) relembraram os compromissos ecumênicos da IECLB e
seu testemunho evangélico no Brasil.
A ampliação do
Plano de Ação Missionária da IECLB (PAMI) reúne uma coletânea de planejamentos
estratégicos. A preocupação com o fortalecimento das comunidades luteranas caminha
ao lado dos compromissos ecumênicos. Portanto, desenvolvem-se atividades conjuntas
com outras denominações cristãs e, paralelamente, intensificam-se pastorais e projetos
de missão. Diante dos conflitos, das dificuldades e dos obstáculos no diálogo
com a diversidade, a tolerância é o “fio condutor”. Pessoas tolerantes são
abertas ao diálogo e a construção conjunta das ideias.
Ao longo dos mais de 180 anos de caminhada protestante no
Brasil, muitos ensaios e acontecimentos demonstraram este objetivo. As
comunidades luteranas espalhadas pelos inúmeros contextos geográficos
brasileiros são protagonistas de novos diálogos que inserem também a IECLB no
compromisso ético com a criação de Deus, na defesa dos direitos humanos e da
democracia.
Em um ambiente de
tanta diversidade, o que significa ser luterano? Quais são as novas
oportunidades para reconhecer os diferentes? Qual é a tarefa missionária da
comunhão luterana no mundo de Deus? Esses questionamentos desafiam a nossa autocompreensão!
Não há mais como evitar conviver com os diferentes e nem mesmo colocar
empecilhos doutrinários que estimulam à intolerância.
A missão cristã não
pode ser reduzida a um mero “recrutamento de pessoas”, mas em transformação e
comunhão, conforme João 17: Para que todos sejam um, como tu, ó Pai, o
és em mim, e eu em ti; que também eles sejam um em nós, para que o mundo creia
que tu me enviaste (João 17) A causa indígena, os movimentos sem terra, o crescimento
da população em favelas, a sustentabilidade do planeta, a diversidade de gênero
e raças, o crescimento do pluralismo religioso foram fatores decorrentes para
uma intensa releitura do testemunho protestante e luterano na sociedade
internacional.
Sidnei Budke e Martha
Maas
17 de julho de 2013
Neuendettelsau -
Alemanha
Participante da Consulta |
Chimarrão acompanhou nossos representantes e foi provado pelas demais pessoas_ |
Gente!!!!! Que ideia legal a do vestido com as rosas de Lutero.
ResponderExcluirVera